segunda-feira, 27 de julho de 2009
" ANGRA "
O Angra foi uma das pouquíssimas bandas brasileiras que conseguiu um maior respaldo junto ao resto do mundo. O grupo é respeitadíssimo em toda Europa e Ásia, tendo alcançado status de rock star em alguns países como Japão e França.
Misturando a agressividade do Heavy Metal com elementos clássicos e da música brasileira, o som do Angra (nome que significa “Deusa do Fogo”) impressiona, principalmente pela técnica e criatividade dos músicos.
O início de tudo foi quando o vocalista André Matos deixou o Viper e decidiu montar uma nova banda. No ano de 1992, após alguns contatos e mudanças na formação, a demo tape “Reaching Horizons” foi gravada com o seguinte line up: André Matos (vocal), Rafael Bittencourt (guitarra), Kiko Loureiro (guitarra), Luís Mariutti (baixo) e Marco Antunes (bateria).
Esse primeiro registro teve uma boa repercussão e no ano seguinte, viria o álbum de estréia. Intitulado “Angels Cry”, o primeiro álbum foi gravado no estúdio de Kai Hansen, na Alemanha, causando um grande impacto e ganhando disco de ouro no Japão. Haviam ainda participações de Sascha Paeth (Heavens Gate), Dirk Schlachter (Gamma Ray), além do próprio Hansen. O baterista Marco Antunes já havia sido substituído por Ricardo Confessori, ex-Korzus, mas foi o músico Alex Holzwarth quem gravou as partes de bateria.
O sucesso do Angra crescia cada vez mais e em 1994, além de tocarem no Monsters of Rock em São Paulo, “Angels Cry” foi lançado em toda a Europa. O tecladista Leck Filho foi chamado para reforçar o time nas apresentações ao vivo e o Angra iniciou uma turnê pelo Brasil e que ainda teve 11 datas em 5 países diferentes ao longo de 1995.
O segundo álbum, “Holy Land”, veio em 1996 e consolidou de vez o nome do Angra na cena metálica internacional. Além da velocidade e do peso do primeiro disco, “Holy Land” trazia fortes influências de música erudita, brasileira, indígena e percussões.
Uma nova turnê pela Europa foi agendada e no Brasil, chegaram a fazer shows com lotação máxima em São Paulo, para 9.000 pessoas em Santo André, abrindo para o AC/DC. No mesmo ano saiu o EP “Freedom Call”, que trazia, além de algumas faixas inéditas, regravações de músicas da demo “Reaching Horizons” e um cover do clássico “Painkiller” do Judas Priest, que saiu também pela Century Media, no segundo volume de um tributo dedicado aos ingleses. Nessa época, a banda ainda foi capa de praticamente todas as revistas dedicadas à música pesada do planeta e o clip da faixa “Make Believe” foi bastante executado.
Em 1997, continuaram a tunê indo ao Japão e voltando a Europa, onde tocaram em vários festivais. Para comemorarem a enorme e bem sucedida “Holy Tour”, lançam no mesmo ano o EP ao vivo “Holy Live”, gravado França.
Era hora do terceiro disco e “Fireworks” chega em 1998. Neste álbum, o Angra se mostra mais direto, praticando um Heavy Metal mais tradicional. A produção de Chris Tsangarides, que já trabalhou com grandes nomes do Metal, talvez tenha contribuído pra isso. O disco foi bem aceito pelos fãs mas não obteve tanto sucesso quanto os anteriores.
Alguns boatos de que André Matos deixaria o grupo começam a surgir. O grupo cumpre toda a agenda da turnê de “Fireworks” e após um período de silêncio, uma notícia pega todos de surpresa: Não apenas André, mas Luís Mariutti e Ricardo Confessori também deixavam o Angra.
Alegando diferenças de objetivos e na maneira de trabalhar, os 3 formaram com Hugo Mariutti (irmão de Luís) o Shaman. Os guitarristas Rafael Bittencourt e Kiko Loureiro que ficaram do lado dos empresários e da gravadora, tinham os direitos sobre o nome da banda e começam uma série de testes para acharem os substitutos. Ao fim de alguns meses, o novo line-up foi apresentado: ao lado dos dois guitarristas, agora estavam Edu Falaschi (vocais), Aquiles Priester (bateria) e Felipe Andreoli (baixo).
Os substitutos já possuem certo currículo musical: Edu gravou dois CDs com a banda Symbols, Aquiles é integrante da banda Hangar, participou das gravações de “Nomad”, disco solo do vocalista Paul Di’Anno (ex-Iron Maiden) e da turnê nacional que veio a seguir. Já Felipe Andreoli era integrante do Karma desde 1999, tendo gravado o excelente CD de estréia “Inside the Eyes” com a banda. Também gravou e participou da turnê do álbum de Di’Anno ao lado de Aquiles.
Com essa formação, o Angra gravou “Rebirth”, que saiu em 2001 e foi muito bem recebido por todos, ganhando disco de ouro no Brasil 40 dias após o lançamento oficial. Seguiu-se uma extensa turnê e no ano seguinte, o grupo solta “Hunters and Prey”, um EP que traz, além de versões acústicas para “Rebirth” e “Heroes of Sand”, o cover “Mamma”, do Genesis e a faixa “Caça e Caçador”, a versão em português da faixa-título do álbum.
Ainda em 2002, chegou o primeiro ao vivo completo do Angra, “ Rebirth World Tour Live In São Paulo” . Gravado no Via Funchal, em 15 de Dezembro de 2001, o álbum, duplo, foi mixado por Dennis Ward - que produziu “Rebirth” - e saiu também em versão em DVD.
“Temple Of Shadows” foi lançado dois anos depois O disco contou com novamente com a produção de Dennis Ward e com as participações especiais de nomes como Milton Nascimento, Kai Hansen, Sabine Edelsbacher (Edenbridge), Hansi Kürsch (Blind Guardian), entre outros. No mesmo ano Kiko Loureiro anunciou um disco solo intitulado “No Gravity”, que chegou às lojas em 2005. O disco reúne 13 faixas instrumentais, passeando por um repertório que vai do Heavy Metal ao Jazz.
Em 2006, em mais uma empreitada solo, o guitarrista lançou o também instrumental “Universo Inverso”, mais ou menos no mesmo período em que os projetos-solo de Edu Falaschi (Almah) e de Aquiles Priester e Felipe Andreoli (Freakeys) ganharam a luz do dia, com álbuns auto-intitulados. De quebra, o ano vem com mais uma surpresa: o Angra se reúne em estúdio para dar origem a um disco de inéditas.
“Aurora Consurgens”, o sétimo ‘full lenght’ da carreira do conjunto, foi precedido do ‘single’ “The Course of Nature”, lançado apenas em formato digital. Para divulgar o trabalho, que comemora os 15 anos de carreira, o Angra promete realizar uma série de shows tanto no Brasil quanto no exterior em 2007, quando também deve colocar no mercado um novo EP.
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